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09/12/21
Foto: Pixabay
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Arretado! Forró é declarado Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Iphan

09 / dez
Publicado por Letícia Saturnino em Cultura às 15:38

Arretado! O forró é mais uma expressão nordestina considerada como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. A decisão ocorreu nesta quinta-feira (9), em uma reunião extraordinária do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan nacional, a quatro dias do Dia do Forró.

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A data é celebrada no dia 13 de dezembro, em razão do nascimento de Luiz Gonzaga, considerado o Rei do Baião. Neste ano, a ciranda e o repente foram considerados patrimônios culturais – ambas expressões são difundidas em Pernambuco e nos estados vizinhos.

Para a escolha, a instituição utilizou a argumentação de que o forró é um supergênero por agrupar o baião, o xote, o xaxado, o chamego, o miudinho, a quadrilha e o arrasta-pé, que são outras expressões culturais e musicais. A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) também entrou com um processo, através do âmbito nacional, para que o gênero se torne Patrimônio Cultural Imaterial do Estado.

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“Estamos muito felizes com a decisão do Iphan porque o Forró é um patrimônio imenso e que agrega práticas culturais sobre sua forma de comunicar, vestir, alimentar, festejar, tocar, dançar e se relacionar, num conjunto de saberes e fazeres culturais”, afirma o presidente da Fundarpe, Marcelo Canuto.

O pedido de registro foi encaminhado pela Associação Cultural Balaio Nordeste, de João Pessoa, na Paraíba, que está com a solicitação em aberto desde 2011.

Pesquisa

Em 2019, uma investigação do Iphan mapeou os nove estados do Nordeste, além do Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, para identificar como se expressa o forró nesses locais. “A pesquisa aponta que a primeira menção à palavra forró foi localizada em um jornal amazonense de 1914, referiu-se a seringueiros cearenses possivelmente em suas atividades festivas”. Ainda segundo a relatora, a pesquisa também identificou que o mais provável é que a palavra forró venha do termo forrobodó. O termo já era utilizado em dicionários desde o fim do século XIX como atendendo a práticas pejorativas”, afirma a relatora do processo no conselho do Iphan, Maria Cecília Londres Fonseca.


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