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27/04/20
Foto: JC Imagem
Foto: JC Imagem

Em entrevista exclusiva, Renatinho relembra passado pelo Santa Cruz e afirma desejo em voltar

27 / abr
Publicado por Manuel Dias em Copa do Nordeste 2020 às 14:22

Considerado um dos ídolos do Santa Cruz, Renatinho – de 28 anos – conseguiu feitos históricos com a camisa do clube, um deles o primeiro título da Copa do Nordeste, marcando seu legado. Cria da base, o jogador esteve presente em todos os acessos do time até a Série A, em 2016. Apenas ele e Tiago Cardoso conseguiram essa proeza. Em entrevista exclusiva ao blog da SBT Nordeste, o profissional comentou sobre o desejo de voltar ao tricolor.

”Seria uma vontade minha, uma vontade – também – da torcida, mas infelizmente não só depende da gente, depende de hierarquia, depende de pessoas. Então é respeitar os processos que a vida nos dá e no momento certo, com certeza, um dia eu vou voltar para ser feliz novamente e tentar conquistar mais títulos, continuar engradecendo a história do clube e voltar a ver o Arrudão cheio. Isso é de dar saudade e quem sabe, em um futuro próximo, a gente possa estar reencontrando um ao outro, mas sempre que dá, estou indo nos jogos assistir”, disse Renatinho.

Ídolo

Em sua estreia como profissional, conquistou o Campeonato Pernambucano três vezes seguidas (2011, 2012, 2013). Além disso, o atleta também conquistou o Campeonato Brasileiro Série C, que alavancou a campanha do tricolor rumo à elite nacional e a Copa do Nordeste, um dos mais importantes triunfos do clube. Por ser marcado como um dos grandes campeões do Santa Cruz, parte da torcida o considera como um ídolo. Questionado sobre tal idolatria, se é cedo ou não, ele afirmou que o termo é válido.

”Não, acho que não é cedo pelo fato de toda a minha trajetória. Ela foi vitoriosa dentro do clube e os ídolos são reconhecidos por suas conquistas. Graças a Deus eu fui um abençoado por estar num clube tão magnífico como o Santa Cruz e ter feito essa história para eles (torcedores) me considerarem como um ídolo. Eu acho que isso é mais reconhecimento por tudo, do que uma certa idolatria por coisas que são de momento. Foi um legado maravilhoso, lindo, então acho que sou sim um ídolo para eles, com respeito, com carinho e com admiração, também, que tenho por eles”, comentou.

Joia da base

Revelação da base coral, quando vestiu a camisa pela primeira vez, em partidas oficiais, o lateral marcou seu primeiro gol, na vitória por 3 x 0, diante do Vitória, no Estádio Carneirão, em Pernambuco. Em pouco tempo já marcou seu território e garantiu o prêmio individual de melhor lateral do Campeonato Pernambucano por duas vezes seguidas (2011 e 2012), chamando atenção de muitos clubes interessados em jovens promessas.

”É verdade, eu estreei aos 19 anos, no profissional, e tive a oportunidade e agarrei porque estava preparado e convicto que era meu ano, era a minha oportunidade. Era um desafio muito grande, e por ter vários jogadores da base, naquela ocasião, que sempre ajudavam, porque já tinham jogado pelo profissional como Gilberto, Natan, Everton Sena. Eles já estavam a mais tempo que eu no profissional, então era bom porque eles me davam muitos conselhos. Então nisso eu já estava bem centrado no que eu queria para minha carreira dentro do Santa Cruz. E os prêmios, individuais, vieram por mérito de muita luta, de conquista no coletivo, que foi o principal objetivo”, afirmou.

”Eu nem pensava em prêmio individual, mas sim no coletivo, então o individual ele veio só para coroar todas as campanhas que vieram dos pernambucanos, então fiquei muito feliz com os prêmios individuais, por ser tão jovem e conquistar isso, cedo, dentro do meu estado foi um orgulho muito grande e um sentimento de que eu estava no caminho certo para ajudar meu clube a almejar coisas grandes e títulos importantes”, completou o atleta.

Títulos marcantes

Diante de tantos triunfos importantes, sempre existem alguns que marcam mais, seja pelo momento ou pela história envolvida em todo o processo. Diante disso, Renatinho não titubeou e afirmou que o título do Campeonato Pernambucano de 2011 ficou marcado na história, além da Série C, em 2013, e da Copa do Nordeste, 2016, que serão inesquecíveis.

”Assim, tiveram dois importantes que ficaram marcados na história por serem inéditos, que foi o título nacional da Série C e o da Copa do Nordeste também. Foram dois títulos importantes, que o clube ainda não tinha, porém o de 2011 (Campeonato Pernambucano), foi mais marcantes por conta da ressurreição do Santa Cruz. O Santa Cruz precisava se classificar para a Série D, precisava fazer calendário para o restante do ano e por se tratar, também, que tinha cinco jogadores da base, jogando no titular, um jejum que vinha de quase seis anos sem ganhar um título e que tiramos o hexa do maior rival, foi um ano especial aquele de 2011. Então fico com esse título, que foi mais marcante, por toda a sua história e da Série C por ser um título nacional e a Copa do Nordeste, são dois títulos importantes, mas para mim o de 2011 ele foi mais marcante”, falou o ídolo do time Coral.

Experiência

Após a saída do Santa Cruz, em 2016, o atleta assinou contrato com o Campinense e, em seguida com o Fortaleza, além de acumular passagens por clubes internacionais como Qadsia SC, do Kuwait e Birkirkara, de Malta. Visando isso, Renatinho comentou sobre o ganho de experiência e a aprendizagem de novas culturas, para ter um preparo melhor na parte técnica.

”Foi uma coisa bem pensada, bem planejada para eu poder ganhar o mundo. Então eu tive a oportunidade de Campinense, Fortaleza e clubes internacionais, foram experiências maravilhosas que eu tive. Campinense foi curto, como o Fortaleza, porque foi uma proposta em cima da outra e onde fui me aventurar no Kwait, que foi também uma passagem incrível que tive, de conhecimento, cultura, futebol, enfim, de tudo também. Fiquei muito feliz com as minhas passagens, tanto no Kwait como agora, em Malta. Eu adquiri muita experiência, mais leitura de jogo, mais dinâmica, enfim, uma leitura maior do futebol.”

Rotina de treinos

Devido a pandemia causada pelo novo coronavírus, muitos jogadores estão realizando atividades reduzidas, por causa do isolamento social. Em relação aos treinos, Renatinho treina separadamente na sua residência, mantendo o físico em dia e respeitando os órgãos de saúde, mas afirma que é diferente do que estava acostumado, com os treinos de maior intensidade.

”Profissional é diferente de estar parado, treinando por conta, do que estar naquela rotina, treinando profissionalmente, treinando todo dia, alimentação regrada. Mas dá para manter uma forma, já que aqui tem mais opções. A pessoa vai na fazenda, vai na casa do amigo que tem campo, enfim, dá para se virar”, disse.

 

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